Famílias atípicas empreendedoras participam de seminário na Justiça Federal

Secom JFAL

Questões de grande relevância, a exemplo da cobertura por plano de saúde, foram discutidas na programação
Crédito da foto: Secom JFAL

O auditório da Justiça Federal em Alagoas (JFAL) foi o local escolhido para a promoção do I Seminário das Famílias Atípicas Empreendedoras, nesta segunda-feira, 30. Durante todo o dia, várias palestras serviram para orientar famílias com pessoas com alguma deficiência a respeito de seus direitos e como consegui-los; benefícios sociais e empreendedorismo na parentalidade atípica. A iniciativa é fruto da parceria entre a Comissão de Acessibilidade e Inclusão (CAI) da JFAL e a rede de apoio às Famílias Atípicas Empreendedoras.

A ação também contou com a Feira das Famílias Atípicas Empreendedoras. Durante todo o dia, servidores e público visitante conseguiu escolher produtos de limpeza; vestuário; alimentos; quadros decorativos, entre outros. Gisele Ferreira, de 20 anos, artesã de biojoias, conta que foi diagnosticada com Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade.

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Gisele (de vermelho) falou sobre a importância para famílias atípicas empreenderem
Crédito da foto: Secom JFAL

Ela mora com as tias Maria de Fátima e Ana Maria Ferreira. Maria foi diagnosticada com depressão e Ana, com autismo. “A ideia de empreender surgiu no contexto dos nossos diagnósticos e limitações. Começamos a empreender para que a minha tia Ana pudesse socializar, minha tia Maria pudesse levantar da cama e sonhar de novo e para eu ocupar a mente e aliviar a ansiedade. Foi algo que mudou as nossas vidas”, explica.

Gisele ainda ressaltou a importância da iniciativa da feira voltada para a comercialização dos produtos vendidos por famílias atípicas. “Trabalhamos com o plantio, o cultivo, a colheita, a desidratação das flores e a lapidação das peças, fazemos tudo manualmente. Empreender nunca foi um sonho, mas acabou se tornando o nosso propósito, e é muito importante termos espaços como este, que contemplem e respeitem as nossas limitações”, completou.

O advogado e especialista em direitos da pessoa com deficiência, Julius Schwartz, em sua palestra, enfatizou a necessidade de nunca desistir. “Além de empreender, vocês precisam lutar. O empreendedorismo é o elo que une todas vocês aqui. Não desistam, procurem informações e meios para prosperar, e além disso, afirmem sempre seus direitos. A afirmação constante ajuda a desfazer preconceitos”, pontuou.

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Durante a exposição foi possível encontrar produtos diversos, desde produtos de limpeza, até a delicadeza de artigos infantis
Crédito da foto: Secom JFAL

A programação também contou com palestra da pedagoga Vanessa Menezes e a bióloga Dayse Jora, que falaram sobre o poder da bioterapia para as famílias atípicas; o advogado Robson Menezes abordou o direito das pessoas com deficiência para enfrentar os desafios do cotidiano; e da bacharel em Direito e mãe de cinco crianças com autismo Luana Rodrigues, que abordou o tema Empreendedorismo na parentalidade atípica. Luana é a idealizadora do projeto Famílias Atípicas Empreendedoras.

O presidente da Comissão de Acessibilidade e Inclusão, juiz federal Felini Wanderley, ressaltou o apoio da Justiça Federal a todos os eventos e discussões voltadas a este tema. “A instituição busca promover sempre, e de todas as formas possíveis, a inclusão de todos, no seu sentido mais amplo”, finalizou o magistrado.

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