Servidores participam da segunda etapa de curso regional de formação em Justiça Restaurativa

TRF5

Coordenador do Cejusc/AL participa de curso sobre Justiça Restaurativa do TRF5
Crédito da foto: TRF5

O curso regional de formação em Justiça Restaurativa, promovido pelo Tribunal Regional da 5ª Região (TRF5), contou com a participação de servidores da Justiça Federal em Alagoas (JFAL) envolvidos na temática. O treinamento, realizado na semana que passou, no Laboratório de Inovação da Escola de Magistratura Federal da 5ª Região (Esmafe), em Recife, teve como foco definir questões como uma Justiça mais humanizada. Na oportunidade, os participantes colocaram em prática o aprendizado obtido na primeira etapa, realizada remotamente no último mês de junho.

O coordenador do Centro Judiciário de Solução Consensual de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Justiça Federal em Alagoas (JFAL), juiz federal Rosmar Alencar, considerou a formação um marco. “Participei do curso, que representa uma articulação entre o conteúdo dogmático já disponível e uma proposta inovadora de trabalhar elementos de restauração, como a fixação de obrigações e responsabilidades entre os envolvidos, em um círculo participativo. Esperamos que haja uma mudança de postura e de atitudes, a fim de se trabalhar outras perspectivas de concretização do Direito”, ressalta.

Pacificação

Rodrigo Lima, servidor da JFAL, participante do curso, enfatiza a importância da iniciativa que visa ofertar uma Justiça mais humana e pacificadora. “O curso promove uma Justiça que propõe a reconciliação entre as partes de forma autônoma, ao enxergar na vulnerabilidade do outro, uma aproximação. E na posição de facilitador, buscar trazer a pacificação para o conflito ao proporcionar a satisfação de que aquilo foi justo para todos, suscitando uma Justiça muito mais espiritual, não apenas reparatória e punitiva”, afirma.

Dentre as temáticas abordadas, houve discussões sobre técnicas de aproximação e conexão entre as partes. “Entendemos que é muito importante criar um ambiente de confiança para que as partes se aproximem, possam contar suas histórias e compreendam o verdadeiro motivo daquele conflito ter acontecido. Nem sempre o que é determinado pela Justiça como pena irá satisfazer o conflito, que pode continuar se não houver compreensão”, completa.

Justiça Restaurativa

Ministrado pela supervisora do Centro de Justiça Restaurativa da Justiça Federal em São Paulo (Cejure/SP), Carla Rodrigues de Souza, o curso possibilitou aos servidores a oportunidade de compreender princípios, métodos, técnicas e atividades próprias, voltadas à conscientização sobre os fatores relacionais, institucionais e sociais motivadores de conflitos e violência, além de também estimular o desenvolvimento de soluções de modo estruturado.

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