Curso de Libras para servidores da JFAL é concluído com prova prática

A semana na Justiça Federal em Alagoas (JFAL) começou com muita gratidão e troca de aprendizado. Nesta segunda-feira, 15, houve a conclusão do curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) promovido pela Seção de Treinamento da JFAL, em parceria com o Instituto de Qualificação e Referência em Surdez (Ires). Ministradas pela professora Isabel Alvim, as aulas foram realizadas presencialmente, durante três meses, todas as segundas-feiras, também com atividades assíncronas. A formação contou com a participação de servidores, terceirizados e estagiários da Justiça Federal em Alagoas. A conclusão do curso contou com uma prova prática com os alunos.

O presidente da Comissão de Acessibilidade e Inclusão da JFAL, juiz federal Felini Wanderley, reforçou a importância da inclusão social no Judiciário. “Nosso dever é garantir atendimento igualitário e esse curso nos leva a ter servidores preparados para atender as pessoas surdas, facilitando seu acesso aos serviços disponibilizados por esta instituição”, afirmou o magistrado.

Por meio de Libras, a professora Isabel Alvim explicou que o curso permite uma mudança de vida. “Aprender a se comunicar em Libras é abrir portas; é promover a inclusão. E faz com que a Justiça Federal no Estado consiga atender ao público de uma forma humanizada e acolhedora. Foi uma troca de experiências, eles aprenderam Libras e eu aprendi sobre a JFAL e a linguagem jurídica em Libras”, explicou ela, que é surda e conduziu todo o curso básico.

Para o diretor de Secretaria da 9° Vara, Charles Azevedo, o curso foi impactante e o aprendizado deve permanecer durante a vida. “Nós, enquanto servidores da JFAL, lidamos com um público heterogêneo, diversificado e, por isso, precisamos estar preparados para qualquer situação. Saber Libras é essencial para que a inclusão seja uma realidade no Judiciário e também nas nossas vidas pessoais. O curso me fez abrir os olhos. Foram momentos de muito aprendizado e lições que vou levar para o resto da vida”, afirma Azevedo.

Com a realização do curso básico, as recepcionistas da JFAL estão ainda mais preparadas para acolher as pessoas surdas. Katia Regina não perdeu nenhuma aula de Libras. Cada gesto aprendido foi uma barreira quebrada, conforme ela avalia. A qualificação permitiu a pessoas como a Kátia orientar o público externo da maneira correta, garantindo a acessibilidade.

“Poder saber o nome, a idade, quais informações está em busca, quais documentos precisa apresentar é extremamente importante. Para nós, que temos esse primeiro contato, esse curso foi necessário e extremamente proveitoso. Estou muito feliz em ter concluído esse ciclo e espero, em breve, poder colocar em prática tudo o que aprendi aqui e me comunicar com os surdos”, comemora Kátia.

A iniciativa promovida pela Seção de Treinamento atende às resoluções nº 633, de 21/05/2020, do Conselho da Justiça Federal (CJF), e nº 401, de 16/06/2021, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que estão relacionadas à garantia de direitos das pessoas com deficiência e às diretrizes de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiências nos órgão do Poder Judiciário.