Juiz federal Antônio José recebe Prêmio de Direitos Humanos
Magistrado recebeu a honraria das mãos da secretária de Estado da Pessoa com Deficiência, Tereza Nelma
Crédito da foto: Secom JFAL
O juiz federal Antônio José de Carvalho Araújo foi um dos agraciados com o Prêmio Alagoas de Direitos Humanos, oferecido pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos de Alagoas. A homenagem representa o reconhecimento do comprometimento do magistrado com as causas sociais. A premiação, realizada na noite desta quinta-feira, 4, no auditório da OAB/AL, também reconhece pessoas e instituições de destaque na defesa e promoção dos direitos humanos em Alagoas e no Brasil, como o povo indígena Xucuru-Kariri; Elza Rocha de Miranda, Natasha Wonderfull, Cícera Vital da Silva e, em nível nacional, o ministro dos Transportes, Renan Filho.
A organização do prêmio levou em consideração a atuação do juiz Antônio José Araújo na coordenação do Comitê PopRuaJud; a promoção do mutirão PopRua, para atendimento às pessoas em situação de rua; e a coordenação do Projeto Vozes, que reúne representantes do Sistema de Justiça com o objetivo de ouvir e melhor compreender os problemas vivenciados pelos segmentos sociais invisibilizados, excluídos socialmente e que permanecem em estado de vulnerabilidade.
"O primeiro ato de justiça é escutar", destacou o juiz Antônio José
Crédito da foto: Secom JFAL
Emocionado, o magistrado agradeceu a homenagem e ressaltou o papel essencial do Judiciário na defesa das minorias e no exercício da função contramajoritária. “Se existe uma justificativa para o Poder Judiciário em uma democracia, ela é proteger grupos minorizados das pressões das maiorias. Para isso, o primeiro ato de justiça é escutar”, disse, fazendo referência ao Projeto Vozes, que chega à sua décima edição como iniciativa da Justiça Federal em Alagoas (JFAL) para promover a escuta qualificada de populações vulnerabilizadas.
O juiz Antônio José Araújo ressaltou ainda que sua trajetória pessoal e profissional foi moldada pela convicção de que a democracia só se fortalece quando garante direitos a quem mais precisa. “O sistema de justiça tem a responsabilidade constitucional de proteger aquilo que a política não pode violar. A Constituição de 1988 assegura saúde, educação, previdência, assistência, moradia e dignidade como direitos fundamentais. Quando defendemos direitos sociais, defendemos o próprio texto constitucional e o pacto civilizatório que nos formou”, registrou.
Solenidade contou com a presença de secretários de Estado, representações sociais e do embaixador palestino
Crédito da foto: Secom JFAL
O secretário de Estado de Direitos Humanos, Marcelo Nascimento, reforçou a importância da iniciativa. “Direitos humanos são um direito mundial e não podemos esquecer, daí a homenagem que prestamos nesta noite”, finalizou.
A programação também contou com apresentação artística do grupo afro Pestalozzi e a palestra magna do embaixador da Palestina, Ibrahim Alzeben.

